Minha história #2

Imagem em fundo preto com desenho em giz branco de um livro aberto e uma mão escrevendo algo no livro. Fim da descrição.
Imagem gerada via IA Adobe Firefly.

Na edição de agosto do boletim do Observatório de Inclusão e Economia, abordamos os impactos da fibromialgia na vida de trabalhadores, por vezes, desde a infância.

Meu nome é Bianca Menezes, tenho 25 anos e sou jornalista. Meu diagnóstico de ‘reumatismo’ veio quando eu tinha uns 7 anos, porque sentia dores tremendas, principalmente quando chovia (fazia frio) e, na época, a fibromialgia não era tão conhecida.

Há uma certa invisibilidade social quando o assunto é fibromialgia. Torna-se difícil explicar que sim, estamos sentindo dor todo dia, ou que o cansaço sentido pelo fibromialgico não é natural.

É como se dissessem que temos que abraçar a dor e agir como se cada passo em um dia de crise não custasse mais do que podemos pagar.

Hoje, eu opero com menos da capacidade que já tive. Canso mais facilmente, esqueço palavras mais facilmente. Percebi, outro dia, que a fibromialgia me acompanha desde a infância, quando fui falsamente diagnosticada com reumatismo, apenas para, quase 20 anos depois, receber meu laudo fibromiálgico.

Quando estamos sempre sendo questionados, recebendo expressões de dúvidas até de familiares, qualquer validação da nossa dor é importante.

É como se dissessem, finalmente, que não é coisa da nossa imaginação. Que a dor é real, que o cansaço é verdadeiro e, principalmente, que não estamos sozinhos.

Cada passo rumo ao reconhecimento da fibromialgia é um respiro de alívio, uma espécie de “finalmente”, sussurrado por um corpo que convive diariamente com a dor, e por uma alma que resiste mesmo assim.

Saiba mais sobre esse e outros assuntos a respeito da inclusão econômica de pessoas com deficiência acessando nosso site.


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