Na seção “Minha história” do Observatório de Inclusão e Economia, pessoas com deficiência contam suas trajetórias em busca de inclusão econômica.

Desde o nascimento, Diego Sales encontrou na APAE de São Luís o acolhimento que mudaria o rumo de sua história. Foi com o Teste do Pezinho, realizado ainda bebê, que se identificou sua deficiência intelectual. A partir daí, começaram os atendimentos, o estímulo precoce e uma trajetória construída com afeto, educação e confiança.
“Entrei na APAE desde pequenininho, desde quando nasci”, conta Diego, hoje com 34 anos. Ao longo dos anos, ele cresceu cercado de cuidado e incentivo, desenvolvendo autonomia e o desejo de ajudar a mãe.
Mas o caminho até o mercado de trabalho não foi simples. Najala Sales, sua mãe, lembra que o medo do preconceito a impediu por muitos anos de permitir que o filho buscasse um emprego.
“Durante dez anos, a equipe do SIAP me incentivava a deixar o Diego trabalhar, mas eu tinha medo. Medo das pessoas, do julgamento. Achava que ele não seria compreendido.”
Foi durante a pandemia da Covid-19 que tudo começou a mudar. Com as atividades suspensas, Diego ficou mais ansioso e sentiu a necessidade de fazer algo produtivo.
“Mãe, eu quero trabalhar. Compra um carro de mão pra mim que eu vou vender água, ajudar a senhora”, ele insistia
“Ele queria se sentir útil, fazer algo, mesmo dentro de casa. Foi ali que percebi que o impulso tinha que vir da família — a gente precisava acreditar”, conta Najala.
Com o apoio do Serviço de Inserção e Acompanhamento Profissional (SIAP) da APAE de São Luís, Diego teve sua primeira oportunidade profissional. Hoje, ele atua no atendimento de uma empresa de fast food em São Luís, acolhendo clientes e ajudando no que for preciso. É pontual, atencioso e querido pelos colegas.
“Agora eu gosto de vestir o uniforme. Me sinto bem e quero continuar trabalhando.”
O orgulho de Diego é compartilhado pela mãe, que reconhece o impacto da inclusão:
“Quando ele começou a trabalhar, vi a transformação acontecer diante de mim. Ele ficou mais feliz, mais seguro, com autonomia e cheio de planos.”
Entre as conquistas, estão o primeiro imóvel próprio e o desejo de seguir crescendo.
“Ele nunca recebeu o BPC, mas o medo era o nosso maior obstáculo. Hoje isso mudou. Agora ele quer tirar a carteira de motorista e aprender a ler e escrever. Quer alçar novos voos.”, diz Najala, emocionada.
“Gosto de trabalhar. Lá sou respeitado e ajudo muita gente.”, diz com um sorriso.
A história de Diego é a prova viva de que, quando a oportunidade encontra o desejo de contribuir, a inclusão se transforma em conquista — e o futuro se torna possível.
O relato pode ser acompanhado diretamente pelo canal do Youtube da APAE de São Luís.
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