Inclusão em número #3

Fonte: Imagem gerada pela IA Adobe Firefly

Segundo o último censo do IBGE, 5% da população brasileira tem alguma deficiência auditiva, cerca de 10 milhões de pessoas. Esse total inclui tanto pessoas com deficiência auditiva — pessoas com dificuldade para ouvir — quanto pessoas surdas — leva em consideração nível de surdez e presença na comunidade surda.

Para colaborar com as discussões sobre a inclusão econômica dessas pessoas, preparamos um infográfico com dados importantes.

Dados reunidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2013 mostram o número de matrículas em classes comuns: 17.141 alunos com surdez e 37.625 com deficiência auditiva. Já em classes exclusivas, são 3.558 com surdez e 2.642 com deficiência auditiva.

Gráfico com fundo branco e barras verticais azuis e laranjas. No gráfico mostra que a grande maioria de pessoas com deficiência auditiva estuda em salas comuns, enquanto nas salas exclusivas, a maioria são os alunos surdos.
Gráfico 1 — Matrículas em classes comuns e exclusivas. Fonte: Ine, 2013.

Com base nessas informações, entende-se a inclusão em classes comuns mais frequente para alunos com deficiência auditiva. É importante destacar que esses quantitativos não se referem diretamente à quantidade de pessoas que se comunicam prioritariamente usando a língua brasileira de sinais (Libras).

Segundo o IBGE via Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), em 2019, a quantidade de pessoas que se comunicam em Libras é representado pelo gráfico a seguir:

Gráfico 2 — Uso da Libras. Fonte: PNS, 2019.

Outro dado importante a ser abordado sobre a inclusão de pessoas surdas e ensurdecidas é o recorte do quantitativo deles quando se leva em consideração a idade para o trabalho (com 14 anos ou mais de idade) e a faixa de rendimento.

Gráfico 3 — Deficiência auditiva na população em idade para trabalhar (14+ anos). Fonte: PNS, 2019.

É importante refletir a respeito de que políticas públicas e ações coletivas podem ser feitas para que os números expressos acima possa ser positivamente modificados, uma vez que as pessoas surdas e ensurdecidas são aptas ao trabalho, necessitando, em determinadas situações, apenas de recursos de acessibilidade para comunicação.

Por fim, destacamos qual a faixa etária das pessoas com deficiência auditiva no Brasil.

Gráfico 4 — Prevalência da Deficiência Auditiva no Brasil. Fonte: PNS, 2019.

Com essas informações, podemos ter em vista a quantidade de pessoas que podem ser beneficiadas caso sejam construídas — ou cumpridas as já existentes — diretrizes legais para garantir direitos básicos a esses cidadãos brasileiros, com destaque, aqui, para o direito ao trabalho e à educação.

Gostou desse conteúdo? Saiba mais a respeito no site do Observatório de Inclusão e Economia.

Autor: José Gabriel Meneses.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *